Egito - As autoridades aeroportuárias da Rússia informaram neste sábado que um avião com 224 passageiros russos a bordo desapareceu dos radares próximo do Chipre, após decolar de uma cidade do litoral do Egito.
Segundo um comunicado, que não explica a causa da queda, as equipes de busca e resgate encontraram destroços do avião, um Airbus 320, na região de Hasana, ao sul da cidade de Al Arish, capital da província do Norte do Sinai. A embaixada da Rússia no Cairo informou através do Twitter que todas as pessoas a bordo do avião morreram.
O avião, um Airbus-321 da companhia KogalimAvia, perdeu contato com os radares no início da manhã, 23 minutos após a decolagem, quando sobrevoava a cidade de Larnakia, relatou um porta-voz de Rosaviatsia, a agência estatal de aviação civil da Rússia. "Desde então não voltou a estabelecer contato. A aeronave não aparece nos radares", acrescentou o porta-voz, citado pela agência russa "Interfax".
O avião, que realizava o voo 9268, decolou às 3h51 GMT (1h51 de Brasília) da cidade turística egípcia de Sharm el-Sheikh, o destino favorito dos turistas russos. Segundo o porta-voz da Rosaviatsia, o avião tinha como destino o aeroporto Pulkovo da cidade de São Petersburgo, onde deveria aterrissar pouco depois do meio-dia local (7h de Brasília).
De acordo com fontes da embaixada russa no Egito, todos os passageiros presentes no avião são cidadãos russos, entre eles 17 crianças e os sete membros da tripulação. Aparentemente, segundo a agência oficial "RIA Novosti", o avião perdeu altura de maneira brusca pouco após a decolagem, e o piloto teria pedido à torre de controle permissão para realizar uma aterrissagem de emergência no Cairo.
O ministro de Aviação Civil, Hussam Kamal, disse que é prematuro determinar as causas da queda, mas a imprensa local aponta que uma falha técnica na aeronave pode ter causado a tragédia. O procurador-geral do Egito, Nabil Ahmed Sadek, ordenou a abertura de "uma ampla e urgente investigação" para esclarecer as causas do incidente.