Cairo - Um grupo militante afiliado ao Estado Islâmico no Egito assumiu a responsabilidade pela derrubada de um avião de passageiros russo, que caiu na península do Sinai neste sábado com 224 pessoas a bordo, disse o grupo em um comunicado divulgado por apoiadores no Twitter.
Fontes da segurança egípcia disseram mais cedo neste sábado que as primeiras investigações sugeriam que o avião havia caído devido a uma falha técnica.
Avião russo com 224 pessoas a bordo cai na Península do Sinai
A reivindicação de responsabilidade foi também levantada pelo site Aamaq, que atua como uma agência semi-oficial de notícias para o Estado Islâmico.
"Os combatentes do Estado Islâmico foram capazes de derrubar um avião russo sobre a província do Sinai que levava mais de 220 cruzados russos. Eles foram todos mortos, graças a Deus", disse a declaração que circulou no Twitter.
Avião que caiu no Egito tinha 18 anos e 56 mil horas de voo
O Airbus A321-200 que caiu neste sábado na Península do Sinai com 224 pessoas a bordo foi fabricado em 1997 e acumulava 56 mil horas de voo em quase 21 mil viagens, informou a companhia aeronáutica europeia.
Em comunicado, a Airbus prestou condolências às pessoas afetadas por "este trágico acidente" com a aeronave, que desde 2012 era operada pela companhia russa Metrojet.
"A Airbus lamenta confirmar que um A321-200 operado pela Metrojet esteve envolvido em um acidente pouco depois das 6h17 (hora local, 2h17 de Brasília) sobre a Península do Sinai hoje. A aeronave operava um serviço programado, o voo 7K-9268, de Sharm el-Sheikh (Egito) a São Petersburgo (Rússia)", diz a nota.
O conglomerado informou que uma equipe de assessores técnicos está preparada para "fornecer assistência técnica completa à Agência de Investigação Francesa (BEA) e às autoridades a cargo da investigação".
A Airbus, que anunciou que dará mais informações quando forem confirmados os detalhes do incidente e quando as autoridades permitirem, explicou que o A321-200 é o maior modelo da família A320, de um corredor.
O primeiro A321 entrou em serviço em janeiro de 1994, e no final de setembro de 2015 havia 6.500 aeronaves da família A320 em serviço no mundo todo.
Com Reuters e EFE