Por felipe.martins

Rio - Nos países desenvolvidos, 10% das mulheres desenvolvem depressão durante a gestação e 13% no pós-parto. Os homens também podem sofrer com o problema: cerca de 10% dos pais de recém-nascidos desenvolvem depressão pós-parto, segundo dados mundiais apresentados no Congresso Brasileiro de Psiquiatria, encerrado ontem, em Florianópolis (SC).

Joel Rennó, diretor do Programa de Saúde Mental da Mulher da Universidade de São Paulo (USP),chamou a atenção para a necessidade do reconhecimento dessa doença na rede pública de saúde. De acordo com estudo apresentado por ele, o pré-natal pode ajudar a revelar se a mulher tem ou não tendência à depressão pós-parto. A aplicação de um questionário simples, com apenas seis perguntas, pode ajudar no diagnóstico.

A médica Juliana Cavalsan destacou que fatores como gravidez indesejada,complicações na gestação e estresse aumentam a probabilidade de a mulher ter depressão pós-parto. Mães que tiveram a doença têm duas vezes mais chances de desenvolver depressão novamente nos próximos cinco anos, disse a especialista.

O psiquiatra Amaury Cantilino citou os principais fármacos receitados no tratamento da doença e os efeitos colaterais nos bebês, já que as mães ainda estão amamentando. “Essa doença destrói um momento precioso para mães e filhos. Reforço que a depressão pós-parto precisa de acompanhamento e tratamento médico. Em alguns casos, os fármacos são necessários”, afirma. 

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