Por bianca.lobianco
França - O presidente da França, François Hollande, pedirá a ampliação por até três meses do estado de emergência decretado após os atentados terroristas em Paris na sexta-feira, que causaram a morte de 132 pessoas. O anúncio foi feito neste domingo pelo presidente do Senado, Gérard Larcher, depois de ser recebido junto a outros parlamentares no Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa.
Segundo os jornais "Le Figaro" e "Lab", a mudança legislativa proposta por Hollande será debatida no conselho de ministros da próxima quarta-feira. Ele quer ampliar dos atuais 12 dias para três meses o tempo que o presidente pode determinar o estado de emergência sem consultar o parlamento.
Publicidade
Milhares de pessoas se reuniram em uma praça em Paris e fizeram preces pelas vítimas dos atentados na capital francesaEfe

O atual texto, em vigor desde 1955, estabelece que o estado de emergência pode ser decretado em todo território ou em parte do país em caso de "perigo iminente" por alterações graves da ordem pública, diante de eventos que, por sua natureza ou gravidade, "possam apresentar um caráter de calamidade".

O artigo 5º da lei autoriza o governador cujo departamento esteja em risco de proibir a circulação de pessoas ou veículos em locais e horários determinados, estabelecer zona de proteção ou negar estadia a qualquer pessoa que dificulte a ação dos poderes públicos.
Publicidade
O estado de emergência foi decretado às 0h do último sábado (21h de sexta-feira em Brasília) e afeta "o território metropolitano de Paris e Córsega". 
Estrondo assusta centenas de pessoas que rezavam em Praça em Paris
Publicidade
Centenas de pessoas reunidas na praça da República, em Paris, em sinal de luto pelos atentados de sexta-feira na capital francesa, fugiram correndo do local, aterrorizados por conta de um estrondo, cuja a causa ainda é desconhecida.
Centenas de pessoas se reuniram em uma praça em Paris para fazer orações pelas vítimas dos atentados na capital francesaEfe

Muitas dessas pessoas buscaram refúgio em cafés e ruas vizinhas, enquanto a polícia esvaziava a praça e seus arredores, afirmaram testemunhas à Agência Efe. Minutos depois, voltou-se a restabelecer a normalidade na praça, sem que tenha sido determinada a origem do episódio de pânico.

Sinos de Notre Dame dobram em homenagem às vítimas do atentado em Paris
Publicidade
O arcebispo de Paris, André Vingt-Trois, oficiou neste domingo uma missa na catedral de Notre Dame em homenagem às vítimas do atentado de sexta-feira, que matou pelo menos 132 pessoas na capital francesa. Os sinos do templo começaram a soar às 18h15 (15h15 de Brasília) durante 15 minutos, nos quais a praça de Notre Dame estava cheia de pessoas que queriam manifestar apoio aos familiares das vítimas.
Nos arredores da catedral, o silêncio e algumas velas e flores acompanharam o ato, embora a presença das forças de segurança tenha lembrado que toda manifestação está proibida por causa do estado de emergência decretado pelo governo.
Sinos de Notre Dame dobram em homenagem às vítimas do atentado em ParisEfe

"Não temos medo, e por isso estamos aqui", declarou à Efe a parisiense Malzac Michelle. Natalie Lacroix, também moradora da Cidade Luz, destacou que essa homenagem popular tem mais valor que as que feitas pelas autoridades. "Nós que estamos aqui fora somos pessoas que sinceramente queremos prestar homenagem às vítimas, e os que estão em primeiro plano são políticos muitas vezes responsáveis por tudo isso", lamentou. "Estou há dois dias vivendo em estado de 'choque', tenho medo e profunda tristeza, mas é preciso levantar a cabeça, como digo a meus amigos",acrescentou. 

Publicidade


Publicidade