Papa Francisco pede que sociedade lute contra terrorismo
Pontífice chegou ao Quênia na manhã desta quarta-feira e foi recebido pelo presidente Uhuru Kenyatta
Por gabriela.mattos
Quênia - O Papa Francisco convidou nesta quarta-feira dirigentes políticos e empresariais a lutarem contra "a pobreza e a frustração" mediante uma distribuição equitativa dos recursos.
"A experiência mostra que a violência, os conflitos e o terrorismo se alimentam do medo, e que a desconfiança e o desespero nascem da pobreza e da frustração", afirmou o pontífice durante a recepção dada pelo presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, em sua residência.
O Papa desembarcou hoje em Nairóbi em meio a extraordinárias medidas de segurança, que incluem a participação de dez mil agentes na capital durante sua visita, que vai até a próxima sexta-feira.
Papa Francisco chegou ao Quênia nesta quarta-feira e foi recebido pelo presidente Uhuru Kenyatta. O Pontífice destacou que a sociedade deve lutar contra o terrorismoEfe
Em seu discurso, ele fez referência à ameaça terrorista enfrentada pelo Quênia, onde o grupo jihadista somali Al Shabab ataca com frequência em represália pelo envio de tropas quenianas para combater seus integrantes na Somália.
Segundo o pontífice, "a luta contra estes inimigos da paz e da prosperidade deve ser feita por homens e mulheres que acreditam nela sem temor, e que dão testemunhos críveis dos grandes valores espirituais e políticos que inspiraram o nascimento da nação".
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Francisco lembrou aos líderes políticos e empresários quenianos que "a promoção e preservação destes grandes valores é confiada a eles de um modo especial". "Esta é uma grande responsabilidade, uma verdadeira vocação a serviço de todo o povo do Quênia", acrescentou.
Com esse espírito, o pontífice os encorajou "a trabalhar com integridade e transparência pelo bem comum e a fomentar um espírito de solidariedade em todos os âmbitos da sociedade". "Eu peço, em particular, que se preocupem verdadeiramente com as necessidades dos pobres, com as aspirações dos jovens e com uma justa distribuição dos recursos naturais e humanos", acrescentou.
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O Papa fez referência à tradição queniana de os estudantes plantarem árvores, o que considerou "um sinal eloquente de esperança no futuro". Francisco deu a benção ao país e pediu que "Deus acompanhe seu crescimento (e) os sustente em seus esforços de cultivar uma sociedade solidária, justa e pacífica, neste país e em todo o grande continente africano". "Mungu abariki Quênia" ("Que Deus abençoe o Quênia", em swahili), concluiu.