Por felipe.martins, felipe.martins
Rússia - As confirmações do piloto russo de que não houve nenhum alerta da Turquia antes do ataque que derrubou o caça militar da Rússia e de que a aeronave não invadiu espaço aéreo turco, verídicas ou não, jogaram mais lenha na fogueira da crise diplomática entre os dois países, dois dias após o incidente. O capitão Konstantin Murakhtin, um dos pilotos do SU-24, foi resgatado pelo Exército sírio em uma operação que durou 12 horas, segundo informou o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu.
O jato militar, que participava de ações de combate ao Estado Islâmico, foi abatido por forças turcas, terça-feira, na fronteira da Síria com a Turquia. Antes, informações chegaram a dar os dois pilotos como mortos. Os militares se ejetaram após o avião ter sido abatido. Apenas um deles foi alvejado e morto por rebeldes na Síria antes de chegar ao solo.
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Em tom desafiador, a Rússia enviou um sistema avançado de mísseis à Síria para proteger seus caças e garantiu que continuará a realizar missões perto do espaço aéreo turco contra os jihadistas.
À TV russa, Konstantin, de costas para as câmeras, confirmou não ter recebido alerta. “Não houve aviso, seja de rádio ou visualmente. Não houve contato algum”. O militar assegurou não ter invadido espaço turco. “Eu podia ver perfeitamente no mapa e no chão onde estávamos. Não havia perigo de entrar na Turquia”, garantiu.
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O governo turco insiste em que notificou os pilotos “sucessivas vezes”. Um áudio com os supostos alertas foi divulgado ontem pelas autoridades militares turcas.
Banda quer voltar a tocar no Bataclan
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Quase duas semanas após os ataques terroristas em Paris que mataram 130 pessoas e deixaram mais de 200 feridos, integrantes da banda Eagles of Death Metal, em entrevista ao site Vice, contaram como conseguiram escapar ao tiroteio na casa de shows Bataclan, local onde houve o maior número de vítimas.
Os músicos choraram ao falar sobre a tragédia. Os fundadores do grupo Jesse Huges (vocalista) e Josh Homme (guitarrista, que não estava no dia do show em Paris), disseram que apesar da experiência traumática a banda continuará a tocar. E fizeram um desafio: querem ser o primeiro grupo a se apresentar no Bataclan quando reabrir. “Eu mal posso esperar para voltar a Paris. Nossos amigos foram lá ver rock'n'roll e morreram. Eu vou voltar lá e viver”, disse Huges.
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Naquela sexta-feira 13 do massacre que abalou o mundo, em meio ao tiroteio, Huges disse que saiu atrás de sua namorada, Tuesday Cross, que estava nos bastidores. Ele subiu para o camarim, mas deu de cara com um dos atiradores. "Ele se virou para mim, abaixou sua arma e o cano bateu no canto da porta", conta. Ele só encontrou a namorada, junto com os outros músicos, ao descer a escada do camarim. Eles acharam uma saída e chegaram à rua.