Alemanha deve enviar 1.200 soldados para combater Estado Islâmico
Participação do país na coalizão contra extremistas depende de aval do Parlamento
Por tiago.frederico
Alemanha - Depois da Grã-Bretanha pedir aval do Parlamento para atacar o Estado Islâmico na Síria, o governo alemão aprovou planos de deslocar 1.200 soldados para reforçar a coalizão internacional que luta contra o grupo extremista. A decisão marca mudança de postura do país que resistiu por muito tempo à ideia de desempenhar um papel direto no conflito.
Depois dos ataques coordenados em Paris, Angela Merkel concordou com um pedido do governo francês de apoiar as suas operações contra a milícia radical na Síria. Os planos alemães contemplam o envio de um avião de reconhecimento, aeronaves de reabastecimento e um navio de guerra à região para tarefas de apoio, mas não entrarão em combate.
Publicidade
A ministra da Defesa, Ursula Von Der Leyen, tentou tranquilizar os eleitores dizendo que a Alemanha não foi arrastada para a guerra contra a sua vontade, mas tomou a decisão de forma consciente. Ela descartou qualquer cooperação entre as forças alemãs e o presidente sírio, Bashar al-Assad.
A medida, que requer a aprovação do Parlamento, foi respaldada pelos ministros do Executivo. A Alemanha não vai se juntar a França, EUA e Rússia em ataques aéreos na Síria, mas sua participação será significativa considerando a resistência do país no pós-guerra de se envolver em conflitos estrangeiros.
Publicidade
Em Londres, manifestantes protestaram ontem contra o pedido, examinado no Parlamento, para a participação britânica nos bombardeios de extremistas na Síria.