Rússia responde e afirma ao Egito que acidente aéreo no Sinai foi um atentado
Após denunciar o atentado com bomba, Putin, ordenou bombardeios aéreos contra as posições jihadistas na Síria
Por clarissa.sardenberg
Rússia - O Kremlin insistiu nesta segunda-feira em que o acidente do Airbus russo com 224 turistas a bordo ocorrido no final de outubro na península egípcia do Sinai foi um atentado terrorista. "A única coisa que posso lembrar é que nossos especialistas dos serviços secretos chegaram à conclusão de que foi um atentado terrorista", disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, aos meios de comunicação locais.Egito diz que não encontrou evidências de terrorismo em queda de avião russo
Peskov respondeu assim ao chefe da comissão de investigação egípcia, Ayman al Muqadem, que garantiu nesta segunda-feira que seus integrantes concluíram seu relatório preliminar e que, por enquanto, não têm indícios de que um atentado derrubou o aparelho em outubro.
"A comissão de investigação técnica não encontrou até agora nada que indique a existência de uma intervenção ilegal ou de um ato terrorista, e por isso continua com seu trabalho", disse. As autoridades egípcias seguem apontando para um acidente apesar de em 17 de novembro a Rússia ter afirmado que se tratou da explosão de uma bomba colocada no interior do avião, como tinha reivindicado a filial egípcia do Estado Islâmico (EI).
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Após denunciar o atentado com bomba contra o avião de passageiros russo, o chefe do Kremlin, Vladimir Putin, ordenou uma campanha em massa de bombardeios aéreos contra as posições jihadistas na Síria, intervenção que tinha começado no final de setembro. Além disso, ordenou suspender os voos com o Egito e a evacuação de todos os turistas russos nesse país por motivos de segurança.