Por clarissa.sardenberg
França - A polícia de Paris identificou o homem que invadiu o comissariado da cidade. Trata-se de um marroquino de 20 anos que cometeu o ato "para vingar as mortes na Síria". Em um bilhete encontrado em sua roupa, ele jurou "fidelidade" ao califado do Estado Islâmico (EI, ex-Isis), informou o jornal "Le Parisien". O nome do jovem não foi revelado.
Homem usou faca de açougueiro para atacar delegacia de Paris Reuters

Um pedestre teria ficado ferido durante o ataque. Uma testemunha afirmou que viu um homem ser ferido no pé na hora em que os policiais atiraram contra o invasor. O escritório da Procuradoria de Paris abriu uma investigação por "tentativa de homicídio contra um órgão público com foco terrorista". O caso foi repassado para a seção anti-terrorismo por ter fatos "incontestáveis". 

A faca encontrada ao lado do corpo na valeta entre a calçada e a pista. As autoridades informaram que, como o homem não portava nenhum documento de identificação, os policiais estão investigando os dados que estavam em um celular no bolso do atirador para saber sua identidade. 

O incidente ocorreu apenas alguns minutos depois que o presidente da França, François Hollande, discursou para as forças de segurança em uma outra parte de Paris para marcar o aniversário de um ano do ataque mortal de militantes islâmicos contra o semanário satírico Charlie Hebdo na capital francesa.

“De acordo com nossos colegas, ele queria se explodir”, disse um representante do sindicato da polícia. “Ele gritou Allahu Akbar e tinha fios saindo de suas roupas. Por isso o policial abriu fogo”.

A jornalista Anna Polonyi, que foi capaz de ver o corpo sobre a calçada a partir da janela de seu apartamento, publicou fotos nas redes sociais que mostravam o corpo com o que parecia ser um robô de desarmamento de bombas ao lado. Ela contou que sua irmã, que estava no apartamento com ela, viu o incidente acontecer. Ela disse que a polícia gritou em direção ao homem, e então ele começou a correr em direção aos policiais antes de ser alvejado.
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*Com ANSA e Reuters