Por felipe.martins

Londres - O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, convocou neste sábado um referendo popular para 23 de junho sobre a permanência do país na União Europeia. Na última sexta-feira, ele firmou um acordo em Bruxelas que garantiu à Grã-Bretanha concessões sobre direitos sociais a trabalhadores imigrantes, dando ao Reino Unido um ‘estatuto especial’ na União Europeia.

Cameron fez o anúncio após ter se reunido com o Gabinete. Os ministros foram liberados para assumir a posição que desejarem. Cameron disse ter conseguido a aprovação do Gabinete para aconselhar eleitores a manter a Grã-Bretanha no bloco de países. “Eu acredito que a Grã-Bretanha será mais segura, forte e melhor ao permanecer em uma União Europeia reformada”, disse Cameron em frente à residência oficial do governo britânico em Londres. “Deixar a Europa ameaçaria nossa economia e nossa segurança nacional”.

O primeiro-ministro da Grã-Bretanha%2C David Cameron%2C anunciou a data do referendo popular Efe

O secretário de Justiça, Michael Gove, aliado de Cameron, e cinco membros do Gabinete são a favor da saída da Grã-Bretanha da União Europeia. Já a ministra do Interior, Theresa May, e o ministro das Finanças, George Osborne, apoiam a filiação à UE.

Nicola Sturgeon, líder do Partido Nacional Escocês e do governo escocês, afirmou que a Escócia apoia a permanência na União Europeia. A possibilidade de a Escócia fazer um referendo sobre independência caso o Reino Unido saia da União Europeia foi cogitada. “Se chegarmos a essa situação, na qual a Escócia vota para ficarmos, e o resto do Reino Unido vota para sairmos, então o povo da Escócia terá questionamentos e vai querer mais uma vez descobrir se a Escócia deveria ser independente”, disse Sturgeon.

De acordo com a agência de apostas Ladbrokes, as apostas estão mais inclinadas a favor da permanência britânica na União Europeia. 

Você pode gostar