Por bianca.lobianco

Estados Unidos - Ana Larios trocou El Salvador pelos Estados Unidos em 1992, mas só no ano passado decidiu pedir a cidadania americana. Sua principal motivação foi o desejo de participar das eleições presidenciais de novembro. Mais do que uma opção pela democrata Hillary Clinton, sua escolha é uma rejeição ao republicano Donald Trump.

O candidato colocou a deportação de imigrantes sem documentos e a construção de um muro na fronteira com o México no centro de sua plataforma. A retórica estimulou uma reação de hispânicos em todo o país, com aumento no registro de eleitores e nos pedidos de naturalização — o primeiro passo para o exercício do direito ao voto. Nos seis meses encerrados em janeiro, o número de processos de cidadania subiu 14,5% em relação a igual período do ano anterior.

Os latinos são a parcela do eleitorado americano que cresce mais rapidamente e poderão ser decisivos para na disputa entre Trump e a provável candidata democrata. No ano 2000, eles representaram 7% dos que foram às urnas. Na reeleição de Barack Obama, em 2012, já eram 11%. A previsão é de que o porcentual chegue a 12% nas eleições de novembro.

Dados do Pew Research Group indicam que o eleitorado de 2016 será o mais diverso dos EUA, com 31% de negros, hispânicos e asiáticos.

Você pode gostar