Por gustavo.ribeiro

São Paulo - A cidade de São Paulo ganhou um aplicativo que facilita o uso de ônibus por deficientes visuais. O CittaMobi Acessibilidade, desenvolvido pela empresa Cittati, indica, por sistema de voz e vibração, quanto tempo falta para a chegada do coletivo ao ponto, além de todas as informações necessárias para embarque e desembarque.

O aplicativo foi lançado no primeiro dia da feira Transpúblico, promovida pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), no centro de exposições Transamérica, no dia 1º. O programa de celular é novidade em São Paulo, mas já está implantado em 15 cidades do Brasil, como Recife, São Caetano do Sul, Maceió e Salvador.  A empresa quer levar a tecnologia em breve também para o Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

“É essencial para dar autonomia ao deficiente visual, que passa a saber, por exemplo, se o ônibus vai chegar em dois ou 20 minutos, qual linha tomar para determinado bairro, quando subir ou descer do ônibus”, afirma Cesar Ranzini Olmos, diretor de Tecnologia e Produtos da Cittati.

A tecnologia funciona assim: os ônibus enviam um sinal para o aplicativo por meio de GPS. Ao clicar, o deficiente visual consegue verificar em tempo real, com um dispositivo de voz, a previsão da chegada de determinado ônibus na parada. Além disso, indica qual ônibus pegar para chegar ao destino pretendido. o aplicativo ainda indica a distância da pessoa até chegar ao ponto de ônibus e, já dentro do coletivo, fornece informações sobre o trajeto e até o momento de desembarcar (o aplicativo monitora o caminho e vibra o telefone para avisar).

O recurso está disponível para os sistemas iOS e Android. O aplicativo foi desenvolvido por Luiz Eduardo Porto, que perdeu a visão aos 23 anos e há seis anos conta com a ajuda de um cão-guia, com base em suas necessidades. “De casa já é possível acionar o aplicativo, programando a parada final de sua viagem. Nem é preciso carrega-lo na mão. Ele vibra ao identificar o ônibus, em um bolso de casaco, por exemplo”, conta. “Para quem não enxerga é um auxílio essencial. Com a implantação em outras cidades, verificamos que é preciso sempre avançar, com base nas experiências dos usuários”, finaliza.

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