Por bferreira
Rio - A aprovação da Medida Provisória (MP) dos Portos tem impacto direto em Itaguaí. O porto da cidade transporta o maior volume em toneladas de cargas do país, graças às entradas de carvão e saídas de minério de ferro. Único do Hemisfério Sul com calado suficiente para receber meganavios acima de 300 mil toneladas de porte bruto (TPB), o complexo portuário tem importância decisiva para os planos de expansão da indústria fluminense.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico reforça esse diagnóstico, ao tratar como obra mais importante do PAC para o Estado do Rio exatamente o Arco Metropolitano, que ligará, cortando toda a Baixada Fluminense, a cidade de Itaguaí, sede do futuro Comperj, aos terminais portuários localizados na cidade.
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A flexibilidade de regimes de trabalho e o incentivo à concorrência trazidos pela MP impulsionarão o crescimento dos portos em todo o país, algo essencial quando a indústria precisa reagir contra déficit comercial setorial da ordem de US$ 100 bilhões. Os benefícios da MP, transformada em lei após dura batalha no Congresso, alcançam todo o país. Existem regiões, contudo, que estão prontas para multiplicar em empregos e renda as perspectivas positivas abertas pelas novas regras. Itaguaí é uma delas.
Segundo em movimentação de cargas no país, atrás apenas de Santos, o complexo portuário de Itaguaí tem possibilidades de expansão muito maior do que o concorrente paulista. A atividade portuária, hoje, depende de retroáreas imensas para armazenagem e processamento de bens, com acesso desimpedido a modais terrestres de transporte, e isso Itaguaí tem de sobra.
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As normas inovadoras e arejadas trazidas pela MP dos Portos, mais a decisão firme do governo federal em bancar a ampliação da Rio-Santos e a conclusão do Arco Rodoviário Metropolitano, se somam à modernização e ampliação da malha ferroviária para alavancar o desenvolvimento. O futuro do Brasil passa por Itaguaí.
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Empresário e ex-prefeito de Itaguaí e Mangaratiba