Rio - A política de geração de emprego e renda no Estado do Rio evolui com base em novos indicadores demográficos. Cada vez mais, o mercado de trabalho revela a força das mulheres como provedoras do sustento familiar. Segundo o Instituto Pereira Passos (IPP), elas chefiam hoje 46,5% dos 2,14 milhões de domicílios no Município do Rio, índice acima da média nacional (38,7%). A situação não é diferente no restante da Região Metropolitana e no interior. No entanto, elas ainda convivem com baixos níveis de remuneração e de escolaridade. Ao todo, 21% das trabalhadoras recebem até um salário mínimo.
Essas estatísticas exigem da Secretaria de Trabalho e Renda uma atenção especial ao público feminino. O IPP mostra que, dos 3,3 milhões de mulheres cariocas, quase 30% são chefes de domicílio. Boa parte responde sozinha pelo sustento do lar, após a separação do marido ou companheiro. Como se não bastasse, a mulher assume sozinha os filhos de um casamento desfeito, muitas vezes sem receber ajuda financeira de ninguém.
O levantamento reforça a necessidade de uma política estadual que atenda às necessidades da mulher trabalhadora. Esse passou a ser um dos principais focos de atuação da Setrab. Em maio, foi lançada a Unidade Móvel de Atendimento à Mulher Trabalhadora, que oferece microcrédito, qualificação, ouvidoria e balcão de empregos, além de orientação profissional às empreendedoras.
Quarta-feira, inauguramos em Manguinhos a primeira Casa do Trabalhador do Estado. Com 10 salas e capacidade para atender 800 pessoas por dia, essa unidade oferece balcão de empregos e cursos de capacitação em áreas como gastronomia sustentável, artesanato, cuidador de idosos, informática e educação de jovens e adultos, entre outras. Ainda este ano, a Casa do Trabalhador deve chegar ao Alemão e à Rocinha. Assim, o estado leva cidadania, empregos e qualificação a milhares de cidadãos que precisam de apoio do poder público para garantir sua inserção social com dignidade.
Secretária estadual de Trabalho e Renda