Por bferreira

Rio - A partida de Francisco deixa saudades nos cariocas. Mas o Papa certamente leva saudades da população do Rio. No balanço final da Jornada Mundial da Juventude, apesar das trapalhadas e dos constrangimentos causados com a transferência de última hora do local de encerramento — e os constantes transtornos com a péssima infraestrutura de transportes — passou no teste de fogo o segundo megaevento promovido pela cidade. Agora, que venha a Copa do Mundo.

Apesar de todas as adversidades, o que pesou, felizmente, foi a enorme vocação da população para acolher seus visitantes. Não é à toa que o Rio foi eleito a capital mundial da hospitalidade. E, mais uma vez, a emoção e o calor humano explícitos do carioca sobrepujaram nossas deficiências do dia a dia. E conquistaram definitivamente Sua Santidade, que, com os olhos marejados, a todo discurso nos sete dias do evento, não economizava elogios à acolhida no Rio, classificando-a ora de “magnífica”, ora de “estupenda” etc.

Felizmente, para o mundo — as redes sociais e a mídia internacional comprovam —, a imagem que fica da cidade foi do grande espetáculo de fé, ordeiro e caloroso, sob sol e chuva. Foi o favorável ambiente criado para que o primeiro latino-americano Papa, se sentindo em casa, realizasse com êxito a estreia em missões internacionais.

Francisco e a Jornada passaram. Agora o que se espera é que as autoridades tenham aprendido com os erros. E, na Copa do Mundo do ano que vem, sejam tão hospitaleiras quanto seus cidadãos e deem condições de deslocamento aos visitantes minimamente dignas.

Você pode gostar