Por bferreira

Rio - Em um momento em que a Igreja Católica parece querer se reinventar, liderada por um Papa que prega a humildade e busca a proximidade com o povo, talvez fosse interessante olhar para o mundo empresarial e buscar ferramentas que auxiliem na gestão de pessoas. Já faz algum tempo que os executivos perceberam que os recursos humanos são o bem mais valioso que uma organização possui. Logo, para o seu sucesso, há um desenvolvimento contínuo de ferramentas que contribuam para a gestão dos funcionários.

Há, por exemplo, a possibilidade de trazer para o universo católico a figura do mentor, que dentro de uma organização é geralmente exercido por uma pessoa mais experiente e bem-sucedido em sua posição. Um líder que estimula e orienta facilitará o desenvolvimento do jovem em seu caminho para o sucesso, a partir do seu próprio exemplo e de sua disponibilidade em dialogar.

O primeiro discurso de Francisco, no Brasil, foi ao encontro desta necessidade de a Igreja conseguir orientar e dar suporte ao jovem. Nesse caso, pode-se imaginar o Sumo Pontífice assumindo o papel de mentor de milhares de jovens do mundo inteiro, proporcionando uma visão mais ampla e criativa dos caminhos futuros que eles podem seguir.

Entretanto, é necessário entender que o processo de ‘mentoring’ não funciona sem que exista comunicação clara entre a Igreja e o seu público. É necessário que a instituição esteja aberta a ter um diálogo com a juventude, mostrando sua pretensão de compreender as aflições e dilemas enfrentados atualmente. Assim, criam-se meios de tornar o Papa um exemplo para a juventude. Isso pode significar fiéis mais motivados e comprometidos com os valores morais e éticos.

Presidente do Conselho da DinsmoreCompass

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