Rio - As paixões políticas e seus interesses menores provocam movimentos que a razão e a ética não conseguem explicar. Num estado com a população do nosso, meia dúzia de opositores organizados — e remunerados, ao que parece — conseguem passar imagem distorcida da realidade a significativa parcela da população. Com prejuízos para todos, a começar para os que não fazem política, vivem e trabalham no estado e dependem da melhoria de qualidade de seus serviços públicos, dos novos investimentos, do turismo.
Quem não conhece as entranhas da máquina pública, suas dificuldades, pensa de boa-fé que é fácil gerir tantos serviços, tocar tantos projetos e apresentar o que passaram a chamar de ‘padrão Fifa’. Ora, o que vale é a comparação com o passado, os números de atendimentos médicos, de novas unidades criadas, de escolas reformadas, de professores reciclados, estradas asfaltadas e, sobretudo, indústrias instaladas, geradoras de empregos e de renda. E a volta de nossa importância na área cultural.
Não é justo esse espetáculo de farsa no sentido de se atingir um governador eleito e reeleito, determinado em sua missão, hábil na atração de eventos e investimentos. O homem do interior, menos afeito ao disse me disse das esquinas e redes sociais, mostra uma solidariedade mais sólida e mais correta. Até por ter sofrido o abandono dos sucessivos governos. O norte do estado já teve dois governantes seguidos, e nada de novo aconteceu na região, que continua a mais pobre do estado, recebendo investimentos somente agora, inclusive na recuperação de sua agricultura. Em matéria de abuso nada se compara com o rombo do fundo de pensão de Nova Iguaçu.
Quem vê o polo automotivo, as obras do Comperj, UPPs, UPAs, centros de imagem, traumatologia, Hospital da Mulher, Arco Rodoviário, Contorno de Volta Redonda e o avanço do metrô se emociona ao correlacionar todo este acervo real com a grosseria totalitária dos ataques a que estamos assistindo. As falhas do governador são iguais às dos demais, inclusive na esfera federal. Urge regulamentar os limites do público e do privado, especialmente no transporte aéreo, que causa tanta celeuma. O Rio é maior do que esta baixaria.
Jornalista