Por thiago.antunes

Rio - Febre, dor de cabeça e manchas vermelhas que se transformam em pequenas bolhas provocando muita coceira. Estes são os principais sintomas da catapora, doença até pouco tempo considerada inofensiva pelos brasileiros, mas que, além de extremamente incômoda, pode causar marcas perenes na pele, além do risco de se desenvolver de forma mais grave em crianças, idosos e adultos, em especial aqueles com baixa imunidade.

Criada pelos japoneses em 1970 e licenciada para uso em 1995, pelos Estados Unidos, a vacina contra a catapora não impede 100% o contágio. Mas já provou que, quando ele ocorre, a doença em geral se manifesta de forma branda, às vezes de maneira quase imperceptível. Por isso, já há algum tempo, a vacinação é recomendada por pediatras do mundo inteiro.

O problema era o acesso à vacina, até pouco tempo inacessível à maioria da população por estar restrita a clínicas particulares, a preços que chegavam a R$ 250. A boa notícia veio recentemente: o Ministério da Saúde acaba de incluí-la no calendário oficial do SUS e, a partir de agora, os governos estaduais fornecerão aos municípios as doses necessárias para vacinar todas as crianças de um ano e meio em diante. Elas receberão gratuitamente na rede pública de Saúde de todo o Brasil a nova Tetraviral que, além de sarampo, caxumba e rubéola (antiga Triviral), passará a imunizar também contra a varicela.

Esse é mais um passo que o Brasil dá em direção a uma Saúde básica de melhor qualidade, que deve primar pela prevenção às doenças, condição fundamental para que o sistema funcione melhor como um todo. Ainda falta muito para que tenhamos uma Saúde pública de alto nível, da forma que o povo quer e merece. Para isso é fundamental a parceria entre municípios, estados e governo federal. É inegável que importantes passos têm sido dados para isso. É preciso agora acelerar.

Secretário de Saúde de Nova Iguaçu

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