Por bferreira

Rio - Ex-presidente chilena (2006-2010), a socialista Michelle Bachelet deve ganhar a eleição em 17 de novembro contra a candidata da direita, Evelyn Matthei. Michelle desponta nas pesquisas carregando como pauta de campanha as reivindicações da confederação de estudantes para fazer a reforma tributária e cortar os subsídios do governo para a Educação privada.

A bandeira de campanha da socialista veio à baila a partir dos protestos dos estudantes em 2011, que foram às ruas reivindicar o ensino público universitário gratuito e de qualidade para todos os jovens do país.

O discurso de Michelle propõe fazer reformas na Constituição e ampliar os benefícios de transferências do governo para eliminar as desigualdades sociais. O Chile lidera o ranking dos indicadores de ensino na América Latina, tem baixa taxa de inflação e estabilidade econômica e está inserido no Bloco da Aliança do Pacífico. Portanto, indicadores melhores que os da Educação e os da economia brasileira.

A pauta de campanha da Dilma deve seguir as diretrizes básicas da socialista chilena: ampliar os benefícios de políticas de transferência de renda para os mais pobres; fazer reformas políticas e tributárias; continuar o processo de parcerias públicas e privadas nos investimentos de infraestrutura, e, finalmente, centrar seu discurso de campanha na ênfase da aplicação dos royalties do petróleo pelos prefeitos na melhoria de todos os indicadores da Educação.

Quem sabe, Dilma se inspira em Malala: “Com um professor, um livro e uma caneta mudaremos o mundo”; ou, na frase de um médico cubano, que disse que o “indivíduo sem Educação é um ser humano incompleto”. “Suplicamos: Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes? Em que mundo, em qu’estrelas tu t’escondes...” (Castro Alves)

Economista e analista político

Você pode gostar