Por thiago.antunes

Rio - Mais do que a alegada falta de infraestrutura nos hospitais, reclamada por profissionais brasileiros como justificativa para não preencher as vagas abertas em regiões carentes em todo o país, a maior parte dos 65 médicos cubanos que desembarcam no Rio vai atuar em comunidades que enfrentam outro grave problema: a violência provocada pela guerra do tráfico, como revela O DIA neste domingo.

POR ISSO, aumenta a responsabilidade do poder público na garantia da integridade física desses profissionais, que passam a ser a esperança de milhares de moradores ao acesso a tratamento digno de saúde em favelas nas zonas Norte e Oeste. A chegada dos estrangeiros ao Rio é muito bem-vinda e marca também o sucesso do Mais Médicos.

NUM PAÍS em que várias medidas positivas anunciadas pelo governo costumam soar como eleitoreiras e empacar nas gavetas da burocracia, qual do mais otimista dos brasileiros apostaria as suas fichas num programa que nasceu do clamor das ruas há pouco mais de três meses e que já funciona plenamente? Só em setembro foram mais de 320 mil consultas feitas nas unidades básicas de saúde. E a população carente já agradece, penhoradamente.

A CIDADE DO RIO, reconhecida mundialmente pela alegria hospitaleira de sua gente, há de dar acolhida calorosa aos destemidos médicos cubanos. E que venham os espanhóis, franceses, portugueses etc. A população carente que não pode ficar há décadas padecendo na fila de espera por um atendimento médico que nunca vem, seja por letargia do governo, seja pelo engessamento do sistema.

Você pode gostar