Por bferreira

Rio - Vivendo em uma era cada vez mais corrida, sem tempo para refletir e aprofundar em suas ponderações, a mulher vem tentando corresponder às pressões internas e externas quando o assunto é maternidade. O corpo se torna uma ampulheta, que corre a cada instante. Os hormônios se mexem, mas não se renovam, pelo contrário, envelhecem. Do outro lado, a sociedade cobra: é preciso constituir uma família como as apresentadas nos comerciais para ser feliz. Adiante dois caminhos: engravidar ou ser mãe?

A mulher contemporânea assume um conjunto de papéis. Ela é plural em si. Mas a cada 24 horas as demandas externas aumentam. Quando trabalha fora, tem que ser uma profissional “top de linha”. Quando estudante, precisa ter objetivos claros e se destacar para alcançar a melhor colocação no mercado. Além disso, não pode se descuidar dos afazeres da casa, pois o ambiente deve estar sempre limpo e arrumado, pronto para receber. Como conjugar a maternidade nesta configuração?

É importante pensar no que precisará abrir mão e se está disposta a isso. Quanto tempo levará para que possa se organizar? Será que há espaço para um bebê? O olhar de uma equipe multidisciplinar de reprodução é focado e direcionado para o desejo apresentado pela paciente. Porém é o alinhamento do corpo e da mente, em uma mesma intenção, que propicia um ambiente receptivo e acolhedor para aquela futura vida.

O útero responde como um invólucro, criando uma terra fértil. A técnica, aliada ao desejo, cria um solo fecundo para gerar. O inconsciente assina um termo de compromisso e o corpo autoriza: “quero ser mãe”. Esse consentimento é o que faz diferença no resultado positivo do tratamento. A reprodução humana encontra seu caminho nesta mulher em concordância. Uma jornada de mãos dadas com uma mesma intenção. Equipe, técnica e paciente um só corpo e em uma mesma direção.

Psicóloga da Primordia Medicina Reprodutiva

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