Rio - Este domingo, dia 17 de novembro, é para ser marcado na agenda de governos, organizações e cidadãos como um daqueles para não serem esquecidos. O Dia em Memória às Vítimas do Trânsito simboliza uma luta sem trégua e sem data para acabar . É a hora de lembrar dos que se foram, e não esquecermos de defender quem está por aqui. Em Brasília, vamos lançar a pedra fundamental de um monumento para que esta memória tenha uma representação física.
A celebração começou há duas décadas, com uma ONG britânica chamada Road Peace. Determinou-se desde então que o terceiro domingo de novembro fosse a data para relembrar as vítimas dos acidentes e fazer uma reflexão. Levantamentos de organizações não-governamentais mostram que morreram 127 pessoas por dia no ano passado no país. Uma pessoa que se vai a cada 11 minutos, por causa da imprudência. Entre 1980 e novembro de 2012, foram 1.019.639 mortes no trânsito. Talvez se lermos a frase anterior várias vezes, se lermos o número – mais de um milhão de mortos – a gente consiga entender a importância desta luta. São números de uma guerra.
O país carece de políticas efetivas para alcançar a meta das Nações Unidas, de reduzir em 50% o número de mortes ao volante. As diferenças territoriais são marcantes, mas vale entendermos o exemplo do Japão. Vejamos: em 2010 o Brasil tinha frota de 64.817.974 veículos e registrou 42.844 mortes. Ou seja, 661 mortes para cada 1 milhão de veículos. Já o Japão, pasmem, com território muito menor mas uma frota maior (75.420.000), teve apenas 4.863 mortes – ou seja, 64 óbitos a cada um milhão de veículos.
Assim, neste domingo, precisamos pensar nisso tudo. Para que a memória seja o nosso guia e possamos atingir nosso objetivo, que é um trânsito mais humano e com números que não nos lembrem mais de guerras.
Presidente do Pros-RJ, vice líder do governo e autor da Lei Seca