Rio - Assistimos recentemente a atos de vandalismo que não obedecem a nenhuma clara motivação reivindicatória ou política. As manifestações de diversas categorias, principalmente dos profissionais da Educação, embora incomodem a mobilidade da cidade, representam propostas claramente definidas. São pacíficas, mas, infelizmente, serviram para uma turba infiltrada depredar bens públicos e privados.
A Câmara de Vereadores tem sido objeto de invasões, pichações, e até tentativas de incêndio. Não podemos deixar de manifestar nossa contrariedade com esses fatos que atentam contra a democracia. Mas outro tipo de “estrago” acontece intramuros naquela Casa, com votações de grande número de temas inexpressivos. Isto é uma forma de atentado contra a população e seus anseios.
Um exemplo é que, apesar das promessas e compromissos assumidos pelo prefeito Eduardo Paes, o PL 491/2009, um programa de fomento para o setor de informática que reduz a alíquota do Imposto Sobre Serviço (ISS) para 2%, semelhante ao adotado em outras capitais, não entrou nas prioridades do governo e dos nossos vereadores. Desde a primeira versão desta proposta a tramitação já tem sete anos. A atual completa quatro anos em 27 de novembro.
Eles parecem desconhecer a importância do setor, cujas 10 mil empresas geram em torno de 50 mil empregos em nossa capital. Enquanto é isso, perdemos empresas e os polos de desenvolvimento tecnológico de capitais, como Recife, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e São Paulo, geram milhares de empregos e desenvolvimento de qualidade.
Esperamos que não se complete o próximo aniversário sem que a votação ocorra, evitando assim este tipo de “estrago” contra a sociedade carioca.
Presidente do TI RIO – Sindicato das Empresas de Informática