Por bferreira

Rio - Nostradamus ficou famoso por sua capacidade de prever o futuro. Considerado herege, tornou-se vidente da ‘corte francesa’ para decifrar os destinos dos filhos de Catarina de Médicis, através do horóscopo.

No Brasil, empresários e políticos têm procurado videntes, babalorixás e astrólogos para traçar seus planos estratégicos. Eike Batista teleguiou suas projeções de descobertas de poços de petróleo pelos mapas dos astrólogos. Lascou os investidores ao vender vento enlatado e ainda caiu na curva da linha de pobreza do Lula. JK e Tancredo Neves se consultavam com a vidente mineira, Neila Alckmin. Ela se esqueceu de falar para eles do enigma de suas mortes, que até hoje, os historiadores tentam explicar. Lula traçou seu próprio destino inspirado na saga de sua mãe, Dona Lindu, que a bordo de um pau de arara abriu estradas para seu filho chegar à Presidência da República.

Na campanha das Diretas Já, previu: “Podem matar uma rosa, duas rosas, mas a primavera chegará e, a primavera, é o PT no poder”. Garotinho tentou ludibriar régua e compasso que traçaram seu destino. Rompeu com Brizola e foi expulso do PDT. Hoje, poderia ser o dono partido. Entrou no PSB, de Miguel Arraes, hoje, poderia ser uma espécie de Marina Silva com poder de voto formando chapa com Eduardo Campos. Para completar a trajetória de sua vida política caótica, confundiu jejum com greve de fome. Recomeça tentando sobreviver. Em 1985, na Faculdade de Medicina de Campina Grande, Lindbergh Farias, discursou mobilizando os estudantes em sala de aula. Disse: “Vou ser presidente do Brasil”. Os superdotados da turma caíram em gargalhadas. Hoje, é senador e pré-candidato ao governo do Estado do Rio como trampolim para concretizar sua profecia. Será? Lindbergh, Drummond poetizou: “... Tinha uma pedra no meio do caminho/ no meio do caminho tinha uma pedra...”

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