Por bferreira
Rio - O assassinato a facada do jovem Conrado Chaves da Paz, de 19 anos, em assalto na Lapa, na madrugada de domingo, deixa mais uma vez exposta a fragilidade da segurança na Lapa, ponto turístico internacional. A falta de policiamento ostensivo no bairro expõe todos os moradores e turistas. E o agressor de ontem — morador de rua—, pode ser a vítima de amanhã. É a fria constatação que fica, com a morte por esfaqueamento ontem de pedinte que perambulava pelas ruas do bairro, pouco mais de 24h após o ataque ao aluno do Pedro II.
É inaceitável que a ausência de ordem, iluminação e patrulhamentotransforme a Lapa em palco de assaltos e furtos crescentes, orquestrados por larápios, traficantes e usuários de crack. Violência já sinalizada por pesquisa do Instituto de Segurança Pública, que aponta aumento de quase 50% em ataques de criminosos a pedestres no local, o que transforma as mortes do jovem e do morador de rua em mais uma tragédia anunciada.
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Conrado foi morto, supostamente, por um viciado em crack de grupo que já marcou as calçadas do bairro como território. Ex-aluno de tradicional colégio, ele festejava com amigos o novo emprego e teve os sonhos tragicamente interrompidos. Sua morte aumenta ainda mais a sensação de insegurança da população.
À dor de familiares une-se mais uma vez a sociedade em outro crime que choca o estado. Que haja rapidez nas investigações e que o assassino seja trancafiado. Mas sobretudo que a cúpula de segurança livre o bairro das garras do crime. Já passa da hora de se dar um basta às noites sem lei do coração da boemia ca</CW>rioca.
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