Por bferreira

Rio - Acredite se quiser. O bebê fofinho da foto foi o maior genocida da História: Adolf Hitler, então com 1 aninho de idade. Ele exterminou ou mandou para os campos de concentração talvez um milhão de bebês. Mexendo na minha incompleta coleção da já saudosa revista ‘The New Yorker’ — uma das últimas a resistir à digitalização —, dei com um exemplar de maio de 1995. A reportagem principal (20 páginas, com dezenas de fotos e caricaturas) é sobre Hitler e o partido nazista, desde o começo, em maio de 1920, até o final, que culminou com o suicídio do führer e da sua amante Eva Braun (com a qual, desconfiam alguns estudiosos, nunca transou), em 4 de abril de 1945. Hoje, 27 de dezembro, faltam 124 dias para comemorar o dia da morte de Hitler, quando os russos invadiram seu bunker em Berlim.

Hitler bebêReprodução Internet

Tudo é nebuloso quando o assunto é o führer, inclusive seu suicídio. A versão oficial — ele teria estourado os miolos — é contestada por muitos historiadores. Na verdade, dizem, teria também tomado veneno. Portanto, morreu como um covarde e não como um soldado, de arma na mão, como conta Trevor-Roper no seu livro ‘Os Últimos Dias’. Segundo o relato, Eva se matou com cianureto, enquanto Hitler teria optado pelo suicídio tradicional dos soldados nazistas — metendo uma bala na cabeça.

O jornalista russo Lev Bezymensky conta outra versão, baseada na autópsia do patologista e na história atribuída ao criado de Hitler, Hans Linge, que estava no quarto nos últimos momentos e teria atirado com sua Lugger na cabeça do patrão, que na verdade já estava morto depois de ingerir o cianureto. Outra coisa que eu não conhecia: os motivos do seu ódio patológico pelos judeus. Seu pai, Alois, espancava brutalmente o jovem Adolf. O pai seria filho bastardo de um judeu que seduziu a mãe de Hitler, Maria Schicklgruber, solteira. Para complicar a situação, era sifilítico e teria sido infectado por uma prostituta judia.
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A sífilis, em seu estágio terminal, teria afetado o seu já conturbado cérebro e exarcebou a paranoia sobre os judeus e os delírios da Solução Final e do Holocausto. Seria um prato cheio para seu conterrâneo Freud, que, como Hitler, também nasceu na Áustria. Como disse o Zuenir, o ovo da serpente ainda não foi esmagado. Outro dia, Marco Feliciano fez questão, na tribuna da Câmara, citar o “administrador” Adolf Hitler.
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