Por bferreira

Rio - O lamentável incidente que resultou na morte cerebral (caso de homicídio doloso) do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, causado por rojão (explosivo pirotécnico) lançado por um manifestante, na tarde de quinta na Central do Brasil, durante ações de vandalismo comandadas pelo grupo radical Black Bloc, não mais nos deixa dúvida de que estamos diante de uma organização criminosa, com ideais duvidosos, que se utiliza do anonimato dos rostos cobertos para destruir o patrimônio público e privado, impedir o direito de ir e vir da maioria, colocar sob risco a incolumidade de pessoas inocentes, agredir policiais e membros da imprensa e afrontar gravemente o estado democrático de direito. As forças de segurança precisam pois, cada vez mais, num ano de Copa do Mundo e de eleições, estar preparadas para enfrentar o radicalismo destruidor e agressivo de tais arruaceiros.

O aumento de pena para o crime de dano ao patrimônio, durante manifestações, tornando-o inafiançável, se faz urgentemente necessário, assim como o enquadramento dos integrantes do Black Bloc no crime de organização criminosa, que redundará em penas mais pesadas. A mídia-ninja que protege os Black Blocs e tenta divulgar somente os possíveis excessos policiais em manifestações se omitiu em não colaborar com a investigação policial, identificando o outro participante da agressão ao cinegrafista, num comportamento antidemocrático e contra a paz social.

Quem confessa que passou às mãos de outra pessoa o instrumento do crime é caracterizadamente copartícipe do ato criminoso. As imagens não deixam dúvidas do envolvimento e conluio dos autores da explosão do rojão que resultou na tragédia presumida. Fábio Raposo, o primeiro a ser preso, já possui registros policiais por participação em manifestações violentas, tendo sido flagrado fazendo uso de máscaras contra gases, equipamento próprio de quem está preparado para atuar agressivamente junto com a turba em afronta à ordem pública. A prisão e responsabilização de todos os envolvidos direta e indiretamente no bárbaro crime se fazem absolutamente necessárias em nome da justiça e do Estado Democrático de Direito. Cumpra-se. Aos inimigos da democracia, o rigor da lei.

Tenente-coronel da Reserva da PM

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