Por bferreira

Rio - É legítima a ideia de criar linha provisória de barcas entre o Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, ao Centro, com vistas já para a Copa do Mundo. Instalações junto à Base Aérea seriam utilizadas, como O DIA mostra hoje. Não deixa de ser uma gambiarra, visto que os acessos ao principal terminal aéreo da cidade são sofríveis, mas pode ser o incentivo que faltava para explorar ao máximo o transporte pela Baía de Guanabara.

Este espaço reiteradas vezes apontou as falhas do Tom Jobim, e a lista não se restringe ao interior do aeroporto. É inadmissível haver tão-somente acesso rodoviário, e mesmo assim capenga — ou pagam-se fortunas de táxi, não raro com irregularidade, ou se depende de ônibus que nem sempre atendem à demanda. Grandes cidades do mundo levaram o trem ou até mesmo o metrô a todos os terminais, e num átimo se está no Centro ou na porta do hotel.

Se o projeto das Barcas não for factoide ou bravata e sair do papel — viabilidade, existe, é só ter boa-vontade —, abrirá as portas para mais linhas. Há muito se cogitam estações em São Gonçalo, e o serviço expresso do Galeão poderia ir até Botafogo, usando as estruturas do Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros. É urgente pensar em alternativas, pois não há mais tempo para grandes intervenções ou para reinventar a roda.

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