Por felipe.martins

Rio - O consumo no Brasil após a estabilidade da economia não é novidade. Consumir é uma necessidade da população e extremamente necessário. Porém, o que vemos é uma onda sem critérios, movida por compulsão e muito patrocínio. Patrocínio esse da mídia interessada em faturar com a publicidade e de bancos desejosos em financiar o sistema.

Se o consumo fora de controle em si é terrível, imagina o patrocinado. Quase todos são financiados em prestações a juros altos; então, quando se compra um produto a prazo, quem paga na verdade está comprando dois e levando um. Um é o produto de interesse; o outro, os juros do financiamento. Interessante que muitas vezes o valor dos juros é maior que o do produto.

O crédito foi colocado em nossa mente de forma tão agressiva, tão pesada, que muita gentes simplesmente não consegue se ver sem ele, já pensa em comprar um determinado produto pensando exatamente na prestação. Nos últimos anos, o crédito foi enraizado em nossa cultura de consumo. E isso não é sustentável.

O gasto desenfreado e sem critérios já é doentio e perigoso. O consumo via crédito é extremamente perigoso, é maligno, é cruel e é global. É um sistema de falência financeira para a classe média, maior consumidora. Muitos consumidores simplesmente não conseguem se ver mais sem a utilização do crédito.

Virou uma epidemia o consumo patrocinado. Nunca os bancos faturaram tanto como nos últimos anos. Muitas famílias estão vivendo hoje como escravos do crédito, vivendo e trabalhando para pagar contas. Como em tudo, vamos encontrar sempre pessoas defendendo o consumo. O consumo é, sim, importante, porém dentro de uma lógica, dentro de uma necessidade de qualidade de vida. Muitos defendem o consumo de forma interesseira.

Na Bíblia, em Provérbios 22.7, está: “O rico domina sobre o pobre; quem toma emprestado é escravo de quem empresta.” Em quem devemos acreditar? Em quem defende o consumo ‘patrocinado’ ou em ‘Deus’?
Foque, planeje sua vida financeira com prosperidade e com o que gera a diferença em sua vida, consuma somente o necessário, somente o que faz diferença em sua família. Pague-se sempre em primeiro lugar. Não tenha o crédito e o consumo como um estilo de vida, e, sim, a liberdade financeira como um estilo de vida.

Roberto Navarro é fundador do Instituto Coaching Financeiro

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