Por bferreira

Rio - Depois das manifestações do ano passado durante a Copa das Confederações, surgiu série de interrogações a respeito do que poderia acontecer este ano. Os protestos se repetiriam? A Copa do Mundo poderia ser afetada por eles?

A rigor, ninguém se sentia seguro para afirmar, de forma peremptória, o que aconteceria. Alguma indefinição permaneceu até poucas semanas antes do início dos jogos. Mas ela durou pouco. A alegria de ver o Brasil sediando o Mundial, aliada ao desgaste de alguns atos, devido à violência, acabou esvaziando o movimento de contestação. Acabaram indo às ruas apenas ativistas previamente engajados, que não conseguiram ampliar sua influência.

A rigor, há razões para se criticarem dados gastos com a Copa. Efetivamente muitos estádios foram construídos a preços muito superiores aos previstos. Mesmo que não tenham sido com verbas federais, houve recursos dos governos estaduais e financiamentos do BNDES a juros subsidiados. Além disso, a ingerência da Fifa na vida nacional foi exagerada. Há uma percepção generalizada de que nem todas as exigências da entidade deveriam ter sido aceitas.

Mas o caos aéreo, previsto por alguns, não aconteceu. E os atrasos nas obras dos estádios acabaram sendo contornados.

Dito isto, é evidente que a maioria do povo brasileiro está imensamente satisfeita com o fato de o país sediar a competição. E é opinião unânime que a Copa está sendo a melhor da história. Não só pela qualidade dos jogos — muito superior à das edições anteriores. Porém, mais que tudo, pelo congraçamento de torcedores do mundo inteiro, num clima de confraternização e alegria. E quem afirma isso é a imprensa internacional, não é o governo brasileiro.

Basta caminhar em espaços como a Avenida Atlântica, por exemplo, para constatar com os próprios olhos essa verdade. O país e a cidade estão em festa.

Aqueles que, por diferentes razões, de boa fé ou não, apostaram na equivocada máxima “Não vai ter Copa”, foram obrigados a se recolher.

Seria bom que refletissem sobre o descompasso entre a proposta que fizeram e a realidade que vive o país.

Está tendo Copa.

E, por sinal, ela está sendo muito boa.

Wadih Damous é presidente licenciado da Comissão da Verdade do Rio e da Comissão de Direitos Humanos da OAB

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