Por bferreira

Rio - As brincadeiras entre argentinos e brasileiros repetem, em níveis muito maiores, as provocações tão características do clubismo. O que se sucedeu na última semana da Copa — a humilhante goleada da Alemanha sobre a Seleção e a derrota do time de Messi na final, também para os germânicos — só aumentou a rivalidade. Não foram poucas as ofensas mais exaltadas, e por pouco não se chegou às vias de fato em diversas ocasiões. Sempre houve e sempre haverá rivalidade entre os torcedores, mas é hora de saber separar a saudável pinimba do preconceito irracional e odioso. Até porque este Mundial empreendeu um saudável redescobrimento da América do Sul pelos latino-americanos.

Em que pesem as estatísticas negativas atestando que os ‘hermanos’ gastaram pouco no comércio, é leviano não enxergar nas invasões de argentinos, uruguaios, chilenos e que tais oportunidades ímpares de incrementar ainda mais o turismo. E por uma justa retribuição: brasileiros, quando em visita a Buenos Aires ou Santiago, são invariavelmente muito bem recebidos e tratados.

De onde se conclui que a disseminação de ódio, como discutido ontem neste espaço, em nada ajudará cariocas. Mesmo no clubismo, com todas as provocações, agressões são produto de uma minoria acéfala. Assim ocorre entre brasileiros e argentinos, que com tolerância muito têm a crescer um com o outro.

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