Por bferreira

Rio - As medidas anunciadas esta semana envolvendo o Brics, grupo dos emergentes Brasil, Rússia, China e África do Sul, devem ser bastante celebradas — e aproveitadas ao máximo. Trazem oportunidades ímpares para a economia brasileira se fortificar, a despeito dos preocupantes sinais de desgaste interno observados este ano, e têm enorme potencial de mudar para melhor as relações comerciais mundo afora, hoje um tanto viciadas e excludentes. A criação do banco de fomento mútuo, os diferentes acordos e as promessas de cooperação não podem ser desperdiçados. Dentro desse cenário, vale destacar também o resultado do encontro bilateral entre Dilma e Jinping, presidente chinês.

Trata-se de estratégia vital para os quatro países, dada a dinâmica das relações comerciais da atualidade. A China, por sua voracidade — e apesar de seu potencial —, mais assusta do que atrai as ‘grandes potências’ do Ocidente, que sistematicamente boicotam a Rússia. África do Sul e Brasil são líderes regionais, mas sem tanto prestígio. Juntar forças, portanto, era o movimento lógico. Poderia, contudo, ter sido dado mais cedo.

Espera-se que essa aliança estimule o Brasil a buscar novos acordos para estimular a indústria, através de exportações qualificadas, uma vez que nossa economia ainda é excessivamente dependente das commodities — muito exploradas pelos maiores atores dos Brics, vale ressaltar — e do mercado interno. Saber usar o banco de fomento é outra vantagem competitiva. Razões para acreditar no sucesso não faltam. Basta trabalhar.

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