Por adriano.araujo

Rio - Perdemos a batalha dentro do campo. A performance da Seleção foi sofrível durante toda a Copa do Mundo e culminou com a tragédia, anunciada e eterna, do dia 8 de julho no ‘Mineirazo’ alemão — com a rebarba em Brasília, diante da Holanda, dia 11. Mas não podemos negar o sucesso absoluto na organização da Copa das Copas, realizada no país. Atos isolados ocorreram, reprimidos imediatamente. Apesar da tristeza de se perderem duas vidas, a queda do viaduto em Belo Horizonte poderia ter gerado consequências mais graves.

Agora estamos diante do futuro e nos questionando sobre o legado para os apaixonados por essa indústria. A Copa foi o maior plano de mídia já contratado pelo Brasil. Jamais na história tivemos uma exposição ininterrupta, para mais de 200 países, durante mais de 30 dias, através de diversas plataformas, da TV à internet, passando por todas as redes sociais. Sem contar os milhares de visitantes de diversas nacionalidades que ocuparam nossos hotéis, pousadas e campings (achei que não existissem mais), que consumiram milhões de reais em alimentação e bebida.

Mas acabou a Copa. O que fica para a indústria do esporte? Ficarão os 12 estádios de última geração e tecnologia, que influenciarão no nosso comportamento como torcedor daqui pra frente; fica a extrema organização da distribuição dos ingressos pelos ticket centers. Poucas filas e sem a necessidade de passar a noite para trocá-los.

Por outro lado, fica o estouro da máfia dos ingressos por parte de nossa Polícia Civil. A investigação acusa os líderes dessa mesma empresa, que distribui tão bem os escassos ingressos disponíveis, de estar desviando milhares dos lugares mais nobres. Que estratégia linda, que orgulho ser parabenizado pela Scotland Yard (dita como a mais competente polícia).

Fica a oportunidade para jovens que acabam de se formar, executivos em transição de carreira, atletas e ex-atletas, enfim, os apaixonados pelo esporte. Profissionais que sonham em desenvolver projetos e viabilizar a sua empregabilidade nessa apaixonante indústria. Venham!

?Sylvio Maia é coordenador da pós-graduação Gestão e Marketing Esportivo do Ibmec-RJ

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