Por adriano.araujo

Rio - Estudo sobre o transporte público, revelado em reportagens do DIA, ontem e hoje, evidencia um velho problema que os cariocas sentem na pele no dia a dia e só faz aumentar. Na ida e volta ao trabalho, pelo menos 1 milhão de pessoas em cada ano ficam presas um mês de suas vidas em conduções. Ao drama das horas perdidas de quem depende de trem ou ônibus para se deslocar, soma-se o prejuízo estratosférico para a economia de R$ 9,6 bilhões, com a mão de obra engessada no trânsito da Região Metropolitana do Rio.

Num ano de eleições, cabe aos eleitores ficar atentos quanto aos candidatos com propostas sérias para enfrentar o problema. Desatar esse nó do transporte público é desafio prioritário que se impõe aos postulantes a cargos no Executivo e Legislativo. O Rio dá importante passo nesse sentido, ao tocar megaobras de abertura de túneis, construções de estradas e corredores expressos de ônibus, que prometem melhorar os serviços. Mas é preciso avançar mais.

Além desses maciços, investimentos, é fundamental que se priorizem políticas de descentralização de polos econômicos em direção às cidades da periferia. Afinal, encurtar a distância entre trabalho e casa, além de distribuir desenvolvimento, proporciona mais tempo ao lazer, à família e melhor qualidade de vida aos trabalhadores. No final, a produção e a mobilidade urbana agradecem.

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