Por bferreira

Rio - Dentre todas as métricas sobre violência e criminalidade, a taxa de homicídios é a que talvez melhor traduza o contexto da segurança pública. Quando se consegue reduzi-la, portanto, obtêm-se êxitos em diferentes campos. O fato de a média do Estado do Rio ter ficado abaixo da nacional, como O DIA mostrou ontem, atesta os bons resultados do programa de pacificação, mas revela a disseminação do banditismo pelo país. Os números ainda estão altos, tanto no Rio quanto no resto do Brasil, e é preciso baixá-los.

A ONU estabelece o teto de dez mortes para cada grupo de cem mil habitantes, acima do qual a violência pode ser considerada “epidêmica”. Em 2012, o Estado do Rio contabilizou, nesse indicador, 28 óbitos — contra 29 da taxa nacional. A queda em 20 anos foi drástica. Em meados da década de 90, a polícia fluminense contabilizou mais que o dobro de assassinatos, ou três vezes mais que a média no plano federal à época.

Quando se registram muitos assassinatos, é possível afirmar que o tráfico de drogas está fortalecido; que armas entram com facilidade no estado; que crimes, como latrocínio, infestam as ruas; e que a polícia tem agido com violência. Como se vê, alta taxa de homicídios ratifica muito mais que um estado de insegurança: comprovam uma rotina de medo, impunidade e injustiça.

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