Por felipe.martins

Rio - O diagnóstico da ONU sobre a “saúde” do mundo se chama IDH – Índice de Desenvolvimento Humano. Divulgado a 24 de julho, abarca 187 países. O Brasil ficou em 79º lugar. Melhorou, mas ainda anda mal das pernas. Na América Latina, quatro países ocupam melhor posição que o Brasil: Chile (41º), Cuba (44º), Argentina (49º) e Venezuela (67º). E não dá para acusar a ONU de esquerdista...

No mundo, os cinco melhores colocados são, pela ordem: Noruega, Austrália, Suíça, Holanda e EUA. O diagnóstico reconhece que o Brasil avançou em quase todos os quesitos, mas tropeçou na educação. E aplaude o Bolsa Família, o aumento de consumo das classes de baixa renda, o avanço do emprego e a redução das disparidades raciais graças ao sistema de cotas nas universidades.

O IDH tem por objetivo indicar os pontos vulneráveis de cada país, de modo a evitar retrocessos sociais. Nós, brasileiros, segundo a ONU, temos 7,2 anos de escolaridade. O governo diz que são 7,6. Ainda assim é pouco, considerando que no Chile e na Argentina a frequência à escola é de 9,8 anos e, em Cuba, 10,2, o melhor índice da América Latina.

Nossa expectativa de vida é de 73,9 anos. Para o governo, 74,8 anos. Na década de 1980, não passava de 64 anos. Esse prolongamento de vida se deve à redução da mortalidade infantil, às políticas de direitos sexuais e reprodutivos, à ampliação do atendimento de emergência em hospitais e ao Programa Mais Médicos, que atua sobretudo na prevenção.

Se o balanço da ONU considerasse a desigualdade social, o Brasil figuraria na 95ª posição. Embora este fosso tenha diminuído na última década, aqui os 10% mais ricos detêm 42% da renda. E 1% destes possui renda 87 vezes superior à dos 10% mais pobres.

A ONU alerta que dos 7 bilhões de habitantes da Terra, 2,2 bilhões vivem na pobreza, dos quais 1,2 bilhão sobrevivem na miséria, com renda mensal de, no máximo, R$ 80. No Brasil, 6 milhões de pessoas são muito pobres. O nó que ainda impede o nosso país de avançar no placar da ONU é a educação. Embora quase todas as crianças cursem o Ensino Fundamental, faltam creches e é grande a evasão no Ensino Médio. Os professores que trabalham muito e ganham pouco.

Temos em mãos uma boa ferramenta para melhorar o IDH do Brasil: o voto, dia 5 de outubro. São as políticas sociais adotadas pelo governo que fazem um país melhorar ou piorar. E o governo é integrado por homens e mulheres eleitos pelo nosso voto.

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