Rio - A indústria do petróleo demanda infraestrutura gigantesca: pessoal, acomodações, transporte, fábricas de apoio, fora todo o aparato social — escolas, hospitais, segurança. Quando o pré-sal se aproximar do auge da produção, previsto para os próximos anos, tudo aumentará exponencialmente, sobretudo em Macaé. O Rio, portanto, deve se preparar com antecedência. O mesmo também precisa ser feito em relação ao Comperj. Em ambos os empreendimentos, contar com aeroportos de pequeno e médio porte é fundamental.
A ideia da secretaria de Aviação Civil de implantar uma pista no terreno destinado ao Campo da Fé — fiasco da Jornada Mundial da Juventude — é boa. Não à toa a Prefeitura do Rio se manifestou a favor da iniciativa, que, contudo, carece de estudos mais aprofundados. Confirmando-se as expectativas de produção, o pré-sal trará um movimento intenso de helicópteros e jatos, e o acanhado Aeroporto de Jacarepaguá com certeza não dará vazão a tanto.
É preciso cautela, no entanto, pois o Campo da Fé se revelou um imenso lodaçal. A aviação no Brasil já apresentou problemas demais para lidar com mais uma promessa ou uma obra malfeita.