Por felipe.martins

Rio - Enfim mudou-se o disco das acusações e elevou-se o nível no confronto dos presidenciáveis. É provável que o armistício visto no debate promovido anteontem pela Record tenha sido consequência do pito dado pelo ministro Dias Toffoli, assunto discutido domingo neste espaço: o presidente do TSE adotou medidas rígidas para conter o tiroteio de baixezas e dedos na cara, numa animosidade que de fato estava envenenando as discussões e levando o país a um ‘Fla-Flu’ violento e sobretudo improdutivo. Espera-se que a civilidade observada na Record perdure nesta última semana de campanha no rádio e na televisão.

Não se sabe, entretanto, até que ponto esta calmaria é fruto de conveniência ou se realmente é genuína e de boa-fé. Até porque choverão pesquisas de intenção de voto nos próximos dias, e qualquer ponto perdido ou ganho pode mudar os humores. E seria muita ingenuidade acreditar ter acabado o arsenal de denúncias, verdadeiras ou não, do exército de marqueteiros.

Exatamente por causa dessa ‘volatilidade’, roga-se aos candidatos que mantenham o nível nesta reta final. Questões, o país tem às dezenas: discutir os avanços obtidos até agora, os possíveis ajustes de rota e o modelo de política mais adequado para os próximos quatro anos. Não há tempo para bate-boca.

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