Por bferreira

Rio - Mais um mau exemplo de desserviço dão os deputados da Alerj ao faltar a sessões esta semana, impedindo que a Casa votasse importantes projetos, como O DIA mostrou em série de reportagens. Dos 70 deputados, apenas 29 estavam no plenário na quarta-feira. Os outros não apareceram para cumprir o papel para o qual a sociedade paga R$ 1 mil por dia a cada um deles.

E o pior é a constatação de que assiduidade não é uma das características de muitos parlamentares. E esse não é um problema apenas no Rio de Janeiro, mas praticamente em todo o país, com graves repercussões para o andamento de projetos de interesse da sociedade e para o Parlamento, cuja imagem se deteriora ano após ano.

O caso é mais grave porque a maioria dos gazeteiros é de deputados que não se reelegeram. Parece que, como foram mandados para o olho da rua pelos eleitores, resolveram antecipar o recesso e a despedida da Casa. Se, por causa da derrota, perderam o ânimo pelo trabalho, melhor seria que renunciassem e deixassem que os suplentes fizessem o serviço.

O que não se pode aceitar é que os trabalhos parlamentares sejam paralisados por causa da desídia de alguns. Há muito, a realidade nos tem mostrado que são necessárias regras mais duras para impedir a gazeta, como cortar salários, estabelecer limite de faltas e sujeitar a transgressão à perda de mandato.

O parlamento é uma necessidade da democracia, e seus ocupantes têm a obrigação de honrar os cargos que receberam da população, do início ao afim, e não envergonhá-la como muitos têm feito.

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