Por felipe.martins

Rio - Os seguidos casos de arrastão mostrados pelos meios de comunicação há muitos anos assustam os cidadãos do Rio de Janeiro. E o pior é que os ataques acontecem em locais de grande concentração de pessoas e de movimentação intensa de veículos, como os arredores da Central do Brasil, a Avenida Rio Branco e as praias da Zona Sul em dias ensolarados.

Mas no fim de semana a ousadia dos bandidos passou dos limites. Os muitos ataques a participantes da Parada do Orgulho Gay, um evento de repercussão internacional e que reuniu cerca de meio milhão de pessoas, mostram falhas na segurança pública em nossa cidade. E que medidas urgentes, principalmente de prevenção, precisam ser tomadas com urgência.

Não podemos aceitar a repetição das cenas que aterrorizam cariocas e visitantes. E nem admitir que o poder público não tome medidas para garantir a segurança da população e dos turistas que vêm desfrutar das belezas da cidade. Ainda mais que os métodos usados pelos agressores são mais que conhecidos.

Além dos prejuízos às vítimas diretas dos assaltantes, com perda de bens, e o susto e o trauma que já levam alguns a abandonar o hábito de ir à praia — uma das marcas do jeito carioca de ser —, as cenas de arrastão ganham o mundo afora e põem em risco setores ligados ao turismo e os grandes eventos, como o Réveillon.

É preciso, sem descuidar do policiamento ostensivo para desestimular e coibir os arrastões, identificar os responsáveis por sua organização e, sobretudo, os que fazem a receptação e repassam os objetos roubados. São eles que estimulam menores a roubar. É necessário atacar toda a engrenagem para não permitir que o arrastão vire marca do Rio.

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