Por bferreira
Rio - Nos últimos 15 anos, a América Latina experimentou um desenvolvimento econômico e social que levou 70 milhões a uma classe média pujante. Um dos fatores desse sucesso foi o crescimento e consolidação dos sistemas educativos, especialmente o da Educação Superior, que vem formando profissionais que contribuem para o crescimento dos países e supõem um elemento integrador para construir cidadania e resolver diferenças sociais. Nesse período, o acesso à universidade cresceu 40%, em grande medida pela presença de instituições privadas. Em 2012, existiam na região 20 milhões de universitários, e a previsão é de que o número dobre em 2025.
Para o desenvolvimento da região, a universidade pode ter novamente papel-chave, um dos focos da 6º Reunião de Redes e Conselhos de Reitores da América Latina e Caribe, realizada em Bogotá em outubro.
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Para isso, as universidades precisam de múltiplos ambientes de aprendizagem e programas de ensino presenciais e virtuais que possam dar uma gama de experiências científicas, tecnológicas e humanísticas. É preciso potencializar competências para os professores com programas de ensino contínuos, fortalecer a qualidade dos sistemas de Educação Superior e seu reconhecimento local e internacional.
Deve ser destacado o papel revolucionário da tecnologia. O acesso à universidade foi democratizado porque a tecnologia permitiu modelo que incorpora a educação virtual, centrado na flexibilidade, na autonomia da aprendizagem e na coparticipação. É necessário que os países tenham sistemas, normas e regulamentos que possibilitem uma cooperação horizontal entre instituições públicas e privadas.
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A universidade do futuro colocará a qualidade e o estudante como prioridade e incorporará as tecnologias de maneira eficiente nos processos de gestão, planos de estudo e desenvolvimento da docência e pesquisa. Ela estará aberta ao mundo, sem esquecer as conexões locais. Participará de redes acadêmicas, redes sociais e empresariais e terá programas internacionais onde haja cooperação em espaços de conhecimento entre o científico e o acadêmico em nível mundial, criando uma ‘inteligência coletiva’ que dotará de maior sabedoria os profissionais.
Óscar Aguer é reitor da Ilumno
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