Rio - O Rio vive seu grande momento no turismo. Recebe dezenas de navios de grande porte, na temporada de verão que lota os hotéis, depois do sucesso dos novos e consolidados eventos de dezembro, como a Árvore do Bradesco na Lagoa e o Réveillon – este ano com a prefeitura abrindo os festejos dos 450 anos.
No entanto, não podemos ignorar que a crise anda dificultando as coisas em todas as áreas. E que a competição interna e externa é grande. Temos de dar prioridade à segurança para que o visitante se sinta seguro. Além disso, precisamos estar vigilantes para que serviços essenciais não venham a faltar nos próximos meses. Não se entende, por exemplo, a falta de placas de reserva na Linha Vermelha, para pronta substituição das quebradas e controle de imagens para identificação dos marginais. É muito pouco para não ser feito.
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Planos de emergência devem estar prontos para eventuais greves em serviços essenciais. Tem sido comum, aqui e no resto do mundo, o chamado sindicalismo selvagem escolher momentos delicados para as greves, prejudicando a sociedade e quase sempre à revelia dos próprios trabalhadores.
A consolidação das obras com vistas às Olimpíadas 2016 se dará este ano e nada deve afetar seu cronograma. A prefeitura tem cumprido sua parte e o Comitê Olímpico (COI) está satisfeito. Mas no Brasil tudo é possível, tudo pode acontecer. Ou não acontecer nada, o que seria o ideal. Mas agentes perturbadores estão de plantão para tentativas de embargo de obras, tumulto entre empregados, gerando atrasos nas obras. Agora mesmo andaram questionando o belo campo de golfe, já elogiado por sua beleza e modernidade por alguns dos maiores conhecedores da atividade no mundo.
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O Parque do Flamengo sofrerá mudanças administrativas da prefeitura para ter maior independência gerencial e orçamentária. É um belo espaço à espera de boas ideias e uma gestão que garanta segurança. Logo, não pode ser questionado pelas forças do atraso.
A área social, em todos os níveis, público e privado, deve se reunir, e rápido, para acolher, com dignidade, a população de rua que constitui ponto negro para os turistas que nos visitam. A ocupação de praças, jardins e calçadas é uma vergonha, que expõe insensibilidade de todos, falta de autoridade e desprezo pelo visitante, que assiste entre assustado e revoltado a triste espetáculo. São temas a ser encarados de frente, sempre com amor, mas com energia. Rio 40 graus, mas com ordem, trabalho e respeito.