Editorial: Escassez de gasolina indica crise na polícia
É inaceitável que o Estado do Rio, que investe vultosas cifras na segurança pública, limite o patrulhamento adequado em suas vias por falta de combustível
Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - É inaceitável que o Estado do Rio, que investe vultosas cifras na segurança pública, limite o patrulhamento adequado em suas vias por escassez de combustível, como aconteceu na noite de segunda-feira. Ordem para que os policiais ficassem com as viaturas paradas teria partido do alto comando da PM, por rádio, para economizar a gasolina por causa de estoques baixos. O episódio, constrangedor, ocorre justamente num momento em que a cidade recebe milhares de visitantes para o Réveillon.
A falta de combustível não é ponto fora da curva. Acontece em seguida à não entrega das tradicionais cestas de Natal aos policiais militares, como revelou O DIA com exclusividade. São fatos preocupantes. Deixam transparecer sensação de falhas de planejamento e certo descaso com a gestão administrativa na corporação, ao findar de um ano complicado, com várias baixas de policiais, mortos a tiros, fardados e à paisana, no combate ao crime.
Publicidade
O que se espera é que a cúpula da Segurança, que terá o maior orçamento dentre todas as pastas no ano que se inicia, de R$ 10 bilhões, se debruce sobre essas questões administrativas, apure suas causas e crie mecanismos para que elas nunca mais se repitam.