Será que a violência das cidades vai ser prioridade de fatoe deixaremos de ser reféns da absurda violência urbana?
Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - Três, dois, um. O ano novo chegou! Na verdade nada mudou de ontem pra hoje. Mas a esperança de mudar, e mudar para melhor, é tudo na vida. Grita mais alto que os fogos de artifício que festejaram a passagem do ano. É mais colorida que as cores que iluminam nossos céus nesses momentos. Rola um clima de esperança que nos move para viver os próximos meses até, de novo, completar mais um ano. E de esperança em esperança, vamos torcendo para as coisas mudarem, melhorarem ou entrarem nos eixos.
E começamos nos perguntando: será que as Santas Casas de todo o Brasil vão se recuperar e voltar a ter importância na saúde de todos nós? Será que no novo ano nosso ir e vir pelas ruas das cidades ficará mais fácil, e menos sofrido? Será que teremos um país mais acessível para quem tem dificuldade de locomoção? Será que os serviços ficarão mais eficientes? Será que que os bondes de Santa Teresa voltarão a circular? Os ônibus terão mesmo ar condicionado? Será que este é, realmente, o último ano em que viveremos nesse imenso canteiro de obras? Será que o metrô vai de verdade atender a população nas horas de pico? Será que teremos um outro entendimento sobre o funcionamento dos clubes e do esporte para que recuperemos nosso futebol, nosso maior orgulho e paixão? Ou será que os novos amores pelos esportes aquáticos serão a nossa redenção?
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No ano passado, o Conselho Federal de Medicina autorizou o uso do canabidiol (uma das substâncias da maconha) para fins terapêuticos, especialmente para os casos mais graves de epilepsia. Será que a Anvisa será sensível o bastante para liberar o medicamento e acabar com a tortura e sofrimento de tantas famílias que precisam do medicamento? Será que os bancos e as empresas de telefonia vão tomar juízo e providências para sair do primeiro lugar absoluto entre as reclamações dos consumidores? Será que vamos nos conscientizar do uso correto da água e vamos aprender a economizar, deixando de ser perdulários, evitando o desperdício?
Será que os nossos governantes vão se empenhar com sinceridade, para resolver as grandes questões coletivas? Será que a violência das cidades vai ser prioridade de fato e deixaremos de ser reféns da absurda violência urbana que estamos vivendo? Será que neste ano a educação para a cidadania vai ser levada a sério? Será que finalmente aprenderemos a não destruir a natureza, a não dirigir depois de beber, mesmo quando não tem fiscalização? Será que vamos viver sem usar cheque especial? Será que este será o ano em que os bandidos serão punidos? Sei não. Só sei que, entra ano, sai ano, vale o mesmo ditado: a esperança é a última que morre. Feliz Ano Novo!