Já existem exemplos do uso de energia solar no Rio, mas ainda é muito pouco perto do benefício sustentável e financeiro que ela pode trazer para os consumidores
Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - Atualmente, a questão da energia é uma das maiores preocupações do governo brasileiro. E o atraso do país – especialmente no Rio de Janeiro – é preocupante. Caso o município resolva seguir os passos de Minas Gerais, que é pioneira em energias renováveis, precisará atuar em três pontos básicos: incentivar o investimento dessa tecnologia nas próprias edificações, revisar o selo municipal de sustentabilidade Qualiverde, para torná-lo mais prático e atrativo, e aderir oficialmente ao programa 50 telhados do Instituto Ideal.
O assunto foi discutido, na primeira semana de dezembro, durante o seminário Energia Solar – Oportunidades para o Comércio de Material Elétrico Eletrônico e Eletrodoméstico, promovido pelo Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico, Eletrônicos e Eletrodomésticos do Rio de Janeiro, Simerj, e mostra que esse possível crescimento demanda uma cadeia de fornecimento de materiais específicos. O que seria uma oportunidade única para pioneiros que se estabelecem como referência do setor.
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Já existem exemplos do uso de energia solar no Rio, mas ainda é muito pouco perto do benefício sustentável e financeiro que ela pode trazer para os consumidores. Apesar de termos exemplos como Maracanã Solar e a Biblioteca Pública, a maioria das instalações desse tipo na cidade é residencial.
Minas tem agido de forma proativa e foi o primeiro estado a aprovar uma lei na área de energia fotovoltaica, em agosto do ano passado, isentando de ICMS por cinco anos a energia gerada em sistemas distribuídos. Hoje, Minas é líder absoluta em números, contando com 19% do total de instalações solares no país.
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A Aneel está promovendo o aumento da energia solar. No planejamento energético a longo prazo da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) é possível perceber uma atenção maior a essa fonte energética. No entanto, ainda falta o planejamento a médio prazo, que seria a base para instalar um parque industrial no Brasil e um programa de incentivo pelo Ministério de Minas e Energia. Um desafio e tanto para o governo.
Antonio Florêncio é presidente do Sindicato do Comércio de Material Elétrico