Editorial: Réveillon foi mais um golaço dos cariocas
O espetáculo da virada na Zona Sul encantou o público e, o que é melhor, transcorreu sem registros de incidentes graves
Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - O Rio e o carioca mais uma vez deram lição de como receber bem e fazer grandes festas, reunindo multidões, com ordem e, sobretudo, consciência. Após o sucesso da visita do Papa Francisco em 2013, da Copa do Mundo deste ano — fora dos campos, é claro —, o Réveillon de Copacabana deu o pontapé inicial para os festejos dos 450 anos da cidade e foi mais um belo cartão de visitas. A não ser por pequenos contratempos com transporte na volta para casa — mas plenamente justificáveis pelo deslocamento de massa de mais de 2 milhões de pessoas presentes —, tudo funcionou a contento. Foi mais uma prova de fogo que o Rio passa com louvor.
O espetáculo da virada na Zona Sul, que recebeu um dos maiores números de turistas estrangeiros e de outros estados, cerca de 600 mil, encantou o público e, o que é melhor, transcorreu sem registros de incidentes graves, garantido por um forte esquema de policiamento e auxílio de agentes municipais. Nem o imponderável, que foi o incêndio em uma das balsas com os fogos, atrapalhou a festa. Ao contrário, mostrou o acerto da medida de se fazer a queima longe do grande público, com total segurança.
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A população também colaborou. Não só atendendo ao pedido para deixar os veículos em casa e usar transporte público, como também reduzindo o descarte de lixo nas ruas. E não foi pouco. No dia seguinte, garis recolheram das areias menos 31 toneladas de detritos, em relação à festa do ano anterior, o que possibilitou que a praia ficasse limpa mais cedo para receber visitantes e banhistas no feriado.
Apesar das velhas mazelas na cidade, o Réveillon 2015 do Rio foi gol de placa. Mostrou que, quando o poder público faz bem a sua parte e a população ajuda, as coisas podem caminhar bem. Que venham 2016 e os Jogos Olímpicos!