Por thiago.antunes
Rio - Em seu discurso de posse, a presidenta reeleita Dilma Rousseff tirou o combate à pobreza do foco e mirou a educação como seu novo lema de governo no segundo mandato, que será ‘Brasil, pátria educadora’. O aceno do governo central para a melhoria do ensino público como prioridade é um ótimo começo para quem se dispõe a corrigir erros do passado, como disse a presidenta, embora o tema seja recorrente na retórica política, recheada de promessas não cumpridas. Mas Dilma sabe que não há mais tempo a perder.
O sucateamento nas últimas décadas da rede pública nos ensinos Fundamental e Médio é apontado como um dos nossos maiores entraves. E fator determinante para a manutenção das desigualdades sociais, ao não oferecer a boa formação a todos os cidadãos. Acendendo o rastilho da educação gratuita de qualidade, espera a presidenta criar condições para o desenvolvimento sustentável e a redução das injustiças no país.
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Será árduo o desafio para tirar o setor de décadas de atraso. Só para se ter uma ideia, em parceria com municípios e estados, Dilma terá já este ano que colocar em salas de aula 2,9 milhões de crianças e adolescentes de 4 a 17 anos, segundo levantamento do IBGE. A medida é exigência de lei que estabeleceu a obrigatoriedade de matrículas a todos os brasileiros nessa faixa etária até 2016.
Para isso e para atender a outras demandas históricas do ensino público, a presidenta terá que se desdobrar em ações que vão desde a ampliação dos investimentos e reformulações pedagógicas ao esforço de inclusão dos mais pobres. Tarefa hercúlea, que dependerá de abnegação e coragem. Atributos que não faltam à petista. Resta saber se terá colaboradores à altura.