Por bferreira
Rio - Não chega a ser um trabalho hercúleo para quem ultrapassou os 20 pontos na carteira de habilitação burlar a fiscalização e continuar dirigindo. Parar alguém com prontuário estourado depende mais do acaso que da eficácia, apesar das operações da Lei Seca — que também verificam a situação legal do veículo e do condutor — e das blitzes regulares da PM. É um sistema falho que permite a impunidade.
O Detran começa a se movimentar para tentar atar essa ponta solta. Como O DIA mostrou terça-feira, o departamento está revendo as regras. Primeiro, criou tabela unificada com o tempo das suspensões. Depois, tornou mais rígidas as punições para os reincidentes: o infrator recorrente pode ficar até sete meses sem habilitação.
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Isto é, desde que haja fiscalização para flagrá-lo. Infelizmente a maioria dos suspensos não tem a boa-fé de deixar o carro em casa; acredita ser uma agulha que não será achada no palheiro do trânsito diário. Há alguns anos ensaiou-se um reconhecimento digital das placas, seja através de radares, seja pelas blitzes, medida que poderia efetivamente frear os maus motoristas. O que não pode é continuar a impunidade dos facínoras do asfalto.