Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - Não adianta muito ficarmos falando em crise, quando a vida continua e nossa cidade tem vida, animação e um povo que trabalha. Mesmo com 40 graus e Carnaval. Uma iniciativa da prefeitura que merece destaque é a expansão do Parque de Madureira, que ao atender a mais cinco bairros e criar uma formidável oferta de opções de lazer, incluindo um parque aquático, associará diversão ao convívio, pois as famílias irão se reunir perto de onde moram. A melhor idade estará atendida, com oferta de mesas, semelhante ao que ocorre em Copacabana, no Posto Seis, e jogos próprios para maiores de 75 anos.
A importante faixa de área verde livre, que vem da Baixada e entra pela zona suburbana do Rio, está sendo aproveitada a partir da colaboração da Light, que, primeiro, na gestão do presidente Confúcio Cavalcanti, no governo Collor, cedeu os terrenos para a Via Light. Anos depois, José Luiz Alqueres, que acumula vitoriosa carreira no setor elétrico e a paixão pelo Rio, lançou a ideia da continuação da Via Light até Cascadura e depois o Parque de Madureira, tendo prosseguimento agora com Paulo Pinto, que vem da mesma escola de acreditar na parceria das empresas com os governos.
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É de se notar que uma cidade do tamanho do Rio e sua Região Metropolitana não pode concentrar a oferta de lazer. Esta concentração tem feito transbordar de gente as praias da Zona Sul e causar desconforto ao trabalhador e a suas famílias, que acabam exaustos ao final de um domingo. Iniciativas como o Parque de Madureira, o entorno do Maracanã-Quinta da Boa Vista, praias limpas na Ilha do Governador e Paquetá e melhores acessos a Guaratiba podem fazer uma cidade de convívio mais harmonioso. Sem arrastões.
Na revigoração do Centro como na área da Praça Tiradentes, mereceria atenção algo que criasse o roteiro das igrejas, que estão entre as mais bonitas do Brasil e da América Latina. A prefeitura tem gente com talento para entender como fazer. No caso do Flamengo, vale enfatizar que o uso da área da Urca até a Ponte Presidente Costa e Silva, incluindo as praias internas de Niterói, por barcos de turismo, lanchas ou mesmo jet-ski,em ancoradouro sólido perto do Monumento a Estácio de Sá, pode ser uma nova frente para o turismo, assim como o heliponto para voos panorâmicos. Tudo na parceria com o setor privado.
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Estes 450 anos do Rio precisam deixar um legado de novas opções e projetos, fazendo da cidade um fenômeno de modernidade.
Aristóteles Drummond é jornalista
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