Por bferreira

Rio - São estarrecedoras as descobertas do Ministério Público Federal na 3ª Vara Criminal do Rio. O titular, Flávio Roberto de Souza, virou protagonista de um escândalo que enrubesce o Judiciário. Como se não bastassem as excentricidades no caso Eike Batista, surge agora a confissão de ‘desvio’ de um milhão de reais. Impressiona a envergadura da investigação contra o magistrado: apuram-se os os crimes de peculato, subtração de autos, fraude processual e lavagem de dinheiro. O MPF defende a prisão do acusado, o que foi negado.

Há que se lidar com estas denúncias com lupa e muita cautela. Neste primeiro momento, de concreto, tem-se o episódio dos carros do ex-bilionário removidos de forma pouco heterodoxa — e muito antes disso a defesa do empresário reclamava de parcialidade — e o desaparecimento do dinheiro da Vara. Serão as únicas irregularidades? Terá Flávio Roberto agido dessa forma em outros processos?

Confirmadas todas as denúncias, teremos um triste e preocupante caso de malfeitos na Justiça. Mas com certeza é rara exceção. Exatamente por isso, dirimidas todas as dúvidas, é preciso impor punição exemplar — pois a sociedade não ficará satisfeita com uma protocolar aposentadoria compulsória, com polpudos proventos, pagos pelo contribuinte.

Você pode gostar